quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Teoria #2 - O tempo e seus efeitos

Já há muito tempo o tempo é discutido por diversas pessoas e abordando diversas facetas deste voraz monstro que tudo engole!
Eu vou me aventurar nessa viagem pelo tempo junto com outros muito melhores que eu que já falaram a respeito dele, mas faço isso humildemente, respeitando meu próprio raciocínio e minhas limitações. É uma refelexão simples e descompromissada, espero que a leitura seja boa, pelo menos! Allons-y!


Existem aqueles momentos nos quais estamos na companhia de uma pessoa muito querida, ou fazendo algo que nos dá muito prazer ou em alguma outra situação na qual as horas passam voando, todo mundo já passou por uma situação dessa e a isso, não sei quem deu esse nome, mas me foi citado pelo John, daremos o nome de hipercompressão temporal. Dentro do mesmo raciocínio temos a situação inversa, na qual estamos fazendo algo muito chato, esperando alguma coisa, etc etc etc o tempo se arrasta e o que era para ser uma espera de "meia-horinha" parece um dia completo. Pois é, a isso daremos o nome de hiperdilatação temporal.

Ok, todos já passamos por ambos os tipos de situações, isso não tem nada de novo e você já está se perguntando "Por que eu to lendo isso?". Aí que entra minha teoria.

A partir de uma análise breve da vida e de um raciocínio simples, eu teorizei (Não concluí. É uma coisa a ser posta em discussão) que esses momentos de hiperdilatação e hipercompressão temporal afetam diretamente nosso organismo e a nossa fisiologia. "WHAT?" Sim, é isso mesmo! Vou explicar melhor, com um exemplo:
Você trabalha num emprego que não te agrada. Todo dia você faz a mesma coisa e as horas se arrastam enquanto você está dentro daquela sala. Supondo que você trabalhe 6 horas por dia (se deu bem, pelo menos não são 8h!!) mas tenha impressão de que passa, digamos, 8 horas lá dentro (claro que isso não é facilmente mensurável, mas é só pra entender melhor) o que eu quero dizer é que, na verdade, para seu organismo, suas células, seus órgãos e etc, de fato se passaram 8 horas e não apenas as 6 horas que rodaram no relógio. Entendeu agora? "Hmm..."

Pois é, essa discrepância entre o tempo sentido e o tempo "real" pode ser maior ou menos de acordo com a atividade e tal, mas o negócio é que, essas duas horinhas acumuladas por dia por essa pessoa, ao final de, sei lá, 20 anos de carreira dá uma bela carga horária, então, enquanto a pessoa viveu 40 anos, o organismo dela já viveu bem mais do que aquilo. Por isso vemos pessoas que tem 40 anos e parecem ter 60, enquanto há outras que tem 50, mas parecem ter 30, pois o inverso também serve. Claro que isso envolve outros fatores, como cuidados com saúde, alimentação e etc, mas eu acho que essa relatividade (malz aí Einstein, não tem muito a ver com você não) do tempo é desconsiderada ou pelo menos subconsiderada.


Poderia enrolar mais e explicar mais do mesmo, mas acho que deu pra pegar, certo?

Talvez vocês discordem, talvez vocês concordem, mas a idéia é essa, propor uma discussão ou pelo menos uma reflexão, daí pra frente só depende de você acreditar ou não e tomar atitude, ou não, a respeito disso!

Um abraço a todos!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A arte de estar bem sozinho

Uma era glacial depois, aqui venho eu postar no blog de novo... A verdade é que não me faltaram idéias de posts, na verdade tenho algumas engavetadas, mas me falta a disposição de concatenar essas idéias e transformá-las em post. O que não preciso fazer com a idéia desse post, que vai ser escrita numa paulada só. Hey ho, vocês sabem...


Minha mãe está viajando. O que é relativamente comum, já que ela passa só uns 3 dias fora dando curso e tal. No dia-a-dia eu quase não a vejo, saio cedo, volto tarde e só a encontro quando ela já está dormindo ou quando ela me acorda de manhã.
Embora nos vejamos pouco durante a semana, a simples não-presença dela em casa faz muita falta e faz com que eu me sinta um pouco mais só do que o normal e aí fico mais deprê, mais carente de amigos e, por que não dizer, carente do colo de uma moça também. E aí que entra a questão desse post: Por que é tão difícil estar feliz quando se está só? Ou ainda, por que nossa própria companhia não nos é o bastante?

Pois então, vamos lá! Não esperem um tutorial de como ser feliz sozinho porque isso eu não vou dar, afinal, acabei de dizer que estou justamente neste mesmíssimo barco neste momento. O intuito desse post, na verdade, é inexistente, é um post que se esgota em si mesmo.

De acordo com Rousseau, o ser humano é um ser sociável por natureza e não poderia discordar dele nesse ponto. Desde que somo pequenos nós nos juntamos aos outros pequenos, voluntaria ou involuntariamente, e vamos dividindo nossa experiência e vivência com eles, explorando cada nova possibilidade que a vida nos oferece. Vamos crescendo e nos inserindo em variados grupos, vamos fazendo amigos e ficando dependentes deles para dividir alegrias, angústias, confidências e experiências. Esse é um processo que dura a vida inteira e que, desde o nascimento da Internet, do msn, orkut e afins, foi intensificado, pois antes as pessoas se relacionavam apenas quando se viam e eventualmente pelo telefone, mas agora, chegamos em casa e vamos responder os recados do orkut, vamos pro twitter pra ver o que os outros estão fazendo e colocar lá o que estamos fazendo, sempre mantendo esse contato com o resto do mundo, com o resto das pessoas do mundo. Com isso, ficamos cada vez mais dependentes das relações sociais pois é a partir da nossa inserção nelas que adquirimos nossa identidade, que vemos em qual grupo estamos inseridos e a partir disso vemos quem somos.
Esse é um dos principais motivos pelo qual não ficamos bem quando estamos sós, porque é no sentimento de pertença ao grupo que nos vemos como o "eu". E alguém pode vir e dizer "Mas eu não ando com grupo nenhum, sou excluído e mesmo assim não me sinto bem quando fico só". Pois então meu pequeno nerd anti-social, os grupos que estão ao nosso redor servem para que nos identifiquemos como indivíduo através de características comuns e etc, mas também podem nos ajudar a enxergar quem somos de forma negativa, ou seja, justamente pela contraposição que fazemos em relação a um grupo que não pertencemos. Vou exemplificar: Eu sei quem sou eu quando estou com meus amigos, conversando sobre assuntos que nos são comuns e etc. Defini minha identidade aí. Mas também sei quem eu sou quando estou perto de, por exemplo, garotinhos de calça laranja, verde-limão e amarela conversando sobre Fiuk, Restart, Cine entre outros e vejo que, de forma negativa, ou seja, pela não identificação com aquele grupo, sou alguma coisa que não aquilo, que não um membro daquele grupo, me ajudando também a me ver como um indivíduo. Pegou??!

E aí outro pode vir e me dizer: "Cara, não é por nada não, mas eu sou muito tranquilo e fico super bem, tanto quando estou rodeado de amigos quanto quando estou sozinho em casa ouvindo Radiohead." Eu só tenho uma coisa a dizer pra você: Meus parabéns! Você chegou num nível de auto-conhecimento e auto-confiança no qual você se basta, você está bem o suficiente consigo mesmo e não precisa se achar em ninguém, nem muito menos achar alguém que "te complete". Se alguém acha que precisa achar alguém pra se completar, desiluda-se ou você só vai acabar encontrando outras pessoas-metade que não vão resolver seu problema. Olhe para dentro, descubra o ser inteiro que você é e eventualmente você vai conhecer outro(s) ser(es) inteiro(s) com quem vai valer a pena se relacionar.
Mas lembre-se, o importante é você ser um, é você ser você por inteiro. Quando chegarmos nesse nível, nós aqui, reles mortais que não estamos lá ainda, vamos olhar para nós mesmo e não vai nos faltar nada!


Mas a estrada é longa! ;D


Seguindo a linha Invisible Happiness e Filosofando a Marteladas aí vai um quote:

"Happiness is only real when shared" - Alex Supertramp