tag:blogger.com,1999:blog-3287408989997136192024-03-13T21:08:28.113-07:00Tomando a Pílula VermelhaHenriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-5919053311891485652013-01-03T07:27:00.007-08:002013-01-03T07:27:54.587-08:00Armário, mala e levezaHoje eu aproveitei a manhã pra arrumar meu armário, tirar as coisas velhas e preparar tudo para a mudança. Eu e minha mãe estamos saindo do apartamento no guará onde passei toda minha infância. Não tenho grandes nostalgias apesar de ter feito muitos amigos e ter tido uma infância muito cheia de vida aqui. Não tenho do que reclamar, com certeza. No armário a maior parte das coisas era papéis e recibos que só tiveram que ser agrupados e destinados, seja ao lixo ou às pastas, mas no meio desses papéis existiam mais coisas também: fotos, cartões, presentes, textos, lembranças, pessoas, sentimentos. Revisitei diferentes épocas da minha vida, épocas que trouxeram de lugares, coisas, mas principalmente de pessoas, como sempre é. Minha vida sempre foi marcada muito mais pelas pessoas que me cercam do que por acontecimentos em si. De tudo que achei, guardei algumas coisas no baú das coisas sentimentais que tenho (literal e fisicamente), quebrei um porta-retrato antigo e me arrependi, mas foi tarde. Sem problemas. Li coisas escritas em diferentes épocas, por mim e por outros. Fiquei nostálgico. Fiquei com raiva. Fiquei triste. Coloquei Los Hermanos pra tocar. Fiquei ainda mais nostálgico."Quem é mais sentimental que eu?". Terminei de arrumar as coisas e vim escrever esse texto. Até agora as lágrimas se contentaram em apenas vir à superfície para olhar, mas não quiseram sair. Elas rolam dentro de mim, mas não é de tristeza nem de algo que eu consiga explicar. Acho que é só a soma de tudo que, não sabendo expressar de melhor forma, meu corpo tenta exprimir em choro. Toda essa bagagem eu não precisava revisitar, pois ela faz parte de mim, faz parte de quem eu sou hoje, coisas boas e ruins, qualidades e defeitos. É minha mala que carrego todo dia e às vezes peço ajuda pra carregar, quando ela pesa um pouquinho mais.<br />
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"Não solta da minha mão. Não solta da minha mão."<br />
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Hoje algumas pessoas dessas épocas continuam comigo, outras não, novas chegaram, algumas já foram, sentimentos, lembranças, experiências. Hoje eu vivo algo novo. A mala ainda pesa às vezes, mas tem quem me ajude a levar. A idéia de crescer, de virar um adulto, sempre me assustou e ainda me assusta, porque eu não sei o que isso significa. Eu sempre tive medo de deixar de ser quem eu sou pra virar um alguém mais sério, menos aberto, carrancudo. <a href="http://download.ultradownloads.com.br/wallpaper/273912_Papel-de-Parede-Pequena-Coruja-na-Natureza_1920x1200.jpg">Ela</a> nem sabe, mas me faz entender que não é bem assim. Que o mundo vai me transformar sim, mas que isso não é algo ruim, que sempre há espaço pra mudar e que a mala que eu levo tem muita bagagem boa, mas tem muita coisa pra trocar. "Esse é só o começo do fim da nossa vida". Eu tiro algumas coisas e vou colocando outras novas na mala. A troca não dói nem pesa. Pelo contrário. A mala me parece mais leve a cada dia, por mais que eu insista em colocar meus pesos nela. Ela é leve e me traz leveza. "Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?" Eu também não entendo, mas é assim que é e é bom.<br />
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:')Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-76143261147399301302012-11-27T18:36:00.003-08:002012-11-27T18:36:26.829-08:00Journal #1Na mesa de jantar na cozinha apertada, ainda estão as panelas mornas em cima da mesa, junto com os pratos sujos de uma refeição bem feita. Eu e meu pai os únicos homens ao redor da mesa que ainda contava com quatro mulheres, minha vó, mãe de meu pai, e três tias.<br />
Eu já não estava com muita paciência com meu pai, que vinha bebendo quantidade suficiente de cerveja nos últimos dias pra me deixar fora do sério, e ele ainda vinha me pegando pra vocativo nas suas conversas monólogas com outras pessoas, me explicando desde as coisas mais óbvias para um jovem adulto de 22 anos até coisas que visivelmente ele não dominava, mas como sempre, fazia acreditar que dominava até que alguém o contradissesse.<br />
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Parênteses.<br />
Quando menor, esses monólogos e explicações intermináveis já tinham me prendido a atenção por várias horas e claro que a admiração que eu tinha por meu pai ia ao máximo nessas horas, mas o tempo passa, a gente cresce e vai entendendo mais as coisas e vai conhecendo os pais que tem. A admiração não acaba, mas com certeza vai ficando mais localizada naquelas coisas que são realmente admiráveis pra você.<br />
Fecha parênteses.<br />
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Não bastasse os monólogos do meu pai, minhas tias falavam alto e as disputas de ego e da atenção da mãe, do irmão mais velho e do sobrinho distante, tornavam aquele ambiente basicamente insuportável pra qualquer jovem adulto de 22 anos rabugento e com sono, ou seja, eu. No meio desse conversê atropelado, em algum momento a nostalgia surgiu e as fotos antigas vieram parar em cima da mesa, de onde os pratos e panelas já tinham sido retirados.<br />
Fotos do avô que nunca conheci me foram mostradas e as opiniões divergentes a respeito da personalidade dele foram colocadas na mesa também, uma sobre a outra. Não consegui discerni-las. Várias fotos antigas me foram mostradas, nomes que nunca tinha ouvido falar me foram ditos, Tio Adão, Tia Eloá, Primo Lero Lero, etc... Tudo isso passou praticamente desapercebido na minha mente cansada e sem paciência, até que eu peguei na mão um retrato de meio corpo do perfil de uma menina/mulher (quem sabe dizer nas fotos preto e branco?!) muito bonita. Com cabelos ondulados castanho claros (tonalidades de preto, eu sei), pele branca e bem lisa, ela me deixou hipnotizado. Com a foto na mão, perguntei pro meu pai quem era aquela menina, ao que ele me respondeu "É a Tia Gorgonzola*". Eu olhei espantado pra tia Gorgonzola da vida real, que agora com seus 50 e poucos anos já não carregava consigo os traços daquela beleza da juventude e também não carregava o espírito que minha imaginação imbuíra naquela garota da foto. Não, a tia de hoje resmungava sobre a colega de profissão que não era tão boa quanto ela, que nós não tínhamos ido visitá-la em sua casa e que ela não se aposentaria no ano seguinte.<br />
Não pensei nisso na hora, mas penso agora: quem sabe aqueles tantos tocos daquelas lindas meninas ao longo da minha ainda não longa vida não foram para o bem, né!?!Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-22853315922059349202011-05-30T21:09:00.001-07:002011-05-30T21:12:23.459-07:00Poemete miméticoAmplos e complexos são os amplexos<br />Laços também chamados de abraços<br />Doam-se dois corpos, meros espectros<br />Doa-lhes a vida, mais alguns passos.<br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;">Eu não entendo de poesia, não sei o que é mimético, mas quis brincar de fazer rima e taí. Sem pretensões. </span>Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-915930929864512762011-05-12T08:49:00.000-07:002011-05-13T13:40:09.347-07:00AbraçoAbraço bem dado é aquele dado com dois braços, peito contra peito, dado de um jeito que, querendo ou não, você sente o cheiro da pessoa e troca o seu com o dela.<br /><br />O resto?! O resto é um braço, um tapinha nas costas o esquecimento e mais nada.Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-35474450891451178452011-04-15T04:56:00.000-07:002011-04-15T05:24:55.014-07:00De sonhos dadosNão acho que esse post seja um dos meus melhores, mas é algo em que eu estava pensando há algum tempo atrás e me veio à cabeça agora de novo, então resolvi compartilhar.<br /><br />Pra variar, falo mais uma vez sobre relacionamentos. Principalmente de namoro, mas creio que uma parte se aplique a amizades também. Sendo direto, eu não acho que relacionamentos sobrevivam só de verdades. E não, não estou falando pra você mentir para sua namorada e para seus amigos! O que estou falando é que vocês dois tem que se permitir mentir juntos, os dois vivendo a mesma, hm, "mentira". Me explico.<br /><br />Casais que simplesmente vivem suas vidas de fato, só pensando naquilo que é visto como possível para ambos, sendo totalmente pé no chão (é esse o ponto) vão acabar vivendo uma vida sem surpresas. Não digo que não possa ser legal! Claro que pode, afinal o casal pode ser muito "centrado" e mesmo assim saber se aproveitar.<br /><br />Mas ainda assim eu acho que falta uma coisa. Falta o sonho!!<br />É isso que eu estou tentando falar. É importante que o casal sonhe junto, por mais ridículo, improvável e até impossível que pareça. É ué, afinal, eu sonho em casar com a Natalie Portman e pegar a Angelina Jolie quando a Nath (sou íntimo) viajar. Improvável?! Impossível?! Provavelmente sim, mas o que seriam dos sonhos se eles fossem completamente possíveis? Qual seria a graça?<br />Pois então, o mesmo serve para relacionametos, a meu ver. Que importa se você tem 16 anos e namora a um ano com uma menina da sua idade e ela chega pra você depois daquele dia magnífico, sentados na beira do lago vendo o por do sol e diz:<br /><br />Menina - Eu te amo tanto! A gente vai casar e ser feliz pra sempre juntos né!?<br /><br />Você vai chegar pra ela e dizer:<br /><br />Rapaz "centrado" - Po, a gente tem só 16 anos, eu só quero casar depois de 28, então acho que a gente não vai casar não. Não conheço ninguém que namorou tanto tempo.<br /><br />O exemplo pode ser esdrúxulo e vocês, claro, podem discordar até da idéia central, mas eu digo: Permita-se acreditar nesse casamento. Naquele momento vocês se amam e acreditam naquele amor, certo? Então deixe a racionalidade de lado um pouco e responda com o coração! Vai que, incrivelmente vocês ficam juntos até lá e casam? Difícil?! Talvez. Mas impossível com certeza não.<br /><br />Por fim, acho que já deu pra sacar o que eu quis dizer. Brinque, sonhe, acredite, mesmo que por um só momento no improvável e no impossível. A vida fica mais leve assim.<br /><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255);">Frase do dia:</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255);">"Quem mantém os dois pés no chão não sai do lugar"</span><br /><span style="color: rgb(51, 102, 255);"> -Tor Age Bringsvaerd</span>Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-50109448410618276502011-02-15T17:51:00.000-08:002011-02-15T18:23:00.096-08:00Afeto vem de afetarÀs vezes eu tenho a impressão de que faço tudo errado. Explico:<br />Tem matérias que eu estudo pra caramba e minhas notas são medianas, enquanto existem matérias que eu só acompanho as aulas, ou nem isso, e minhas notas são boas.<br />Outro exemplo:<br /><br />Existem pessoas com as quais me relaciono que eu, em certa medida, não me preocupo em fazer feliz ou em não magoar e tal. Eu simplesmente me relaciono com elas e, em sua esmagadora maioria, elas estão felizes ao meu lado ou, pelo menos, não estão tristes. Por outro lado, existem aquelas com as quais eu me preocupo. São pessoas queridas que, cada uma à sua forma e medida, carregam consigo um pedaço do meu coração enxertado(?) no delas. São as pessoas que quando estão felizes te fazem esquecer suas tristezas pelo contentamento de vê-las sorrindo. E são as mesmas que te derrubam com uma lágrima ou apenas uma feição triste, mesmo quando você está nos seus dias mais felizes. Com elas a coisa muda. Parece que por mais que eu me esforce pra vê-las felizes, por mais que eu tente não magoá-las, a coisa vira toda e o resultado é justamente o oposto do almejado. As minhas ações me traem e, quando penso estar agindo da forma correta, <span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);">PÁ!</span> vêm à tona os resultados: O que era espaço vira distância; o que era consolo vira esmola; o que era preocupação vira intromissão...<br /><br />Eu escrevo isso principalmente como um pedido de ajuda, com as pessoas, claro! Pouco me importam minhas notas! Eu não quero é ser o motivo de chateação daqueles pessoas com as quais me preocupo. Quero simplesmente que elas sejam felizes.<br /><br />Se alguém souber o que fazer, por favor, me diga! E não se preocupem. Eu estou bem. Quem não está são as pessoas ao meu redor.Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-60890741008402496272011-02-15T08:48:00.001-08:002011-02-15T08:50:08.406-08:00Fuck that shit!Eu odeio minha insegurança e minha autopiedade e odeio ainda mais o fato de não conseguir me livrar de nenhuma delas.<br /><br /><br /><br />Ainda.Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-75038099292958226502011-02-15T08:27:00.000-08:002011-02-15T08:44:06.463-08:00O erroHerrar é umano.<br /><br /><br />É com essa pitada de humor que eu começo meu post nem tão bem humorado assim. Eu tinha pensado nesse post. Escolhido algumas palavras, pego as idéias principais pra só sentar e despejar, como de costume. Pensei, mas não anotei e me ferrei. Errei! Acontece...<br /><br />E daí?! Todos nós erramos pra caramba! Estamos errando o tempo inteiro e nem por isso precisamos ficar pensando que somos eternos losers.. De forma alguma! "Só não erra quem não trabalha" diz uma colega de trabalho. E eu digo mais: na vida só não erra quem não tenta, quem não experimenta, quem não vive. E que bom que erramos! Afinal, os maiores aprendizados não vêm justamente das maiores burradas? Vamos errar, eu digo. Vamos porque errar é viver!<br /><br />E me culpem pelos meus erros, por favor, afinal, sou sim responsável por eles. Me culpem e da mesma forma, por favor, me desculpem. Peço ainda mais, peço que me perdoem. Me perdoem porque se hajo da forma que hajo, é porque acredito que aquela forma é a melhor e não por maldade (sim, eu me contrario com o post anterior, mas aceitar meu estigma não quer dizer viver de acordo com ele). Faço assim porque julgo que esse é o jeito certo, que é assim que vou ficar feliz, que é assim que vou deixar os outros felizes. E se ainda assim eu erro, eu gostaria, também, que me apontasse o erro, pra que então eu possa me desculpar e consertá-lo, porque eu não tenho vergonha de assumir o erro. Me mata, sim, a vergonha de continuar errando.<br /><br />Não quero me esconder dos meus erros, quero conhecê-los e consertá-los. Só o que eu preciso é uma chance.<br /><br /><br />Desculpem-me o post chato, mas é algo que eu precisava ver escrito.<br />Erro meu.Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-23919130772854479862011-01-27T19:42:00.000-08:002011-01-27T19:46:24.969-08:00Eu sou mauMamãe e papai me educaram bem, me falaram pra não machucar os coleguinhas, pra não fazer coisa errada, pra não isso e não aquilo.<br /><br />Eu sempre tentei viver assim, como um bom rapaz, sempre tentando ser o melhor filho, o melhor amigo, o melhor namorado, o melhor estudante (ok, esse nem tanto), o melhor cidadão, mas parece que, por mais que eu me esforce pra isso, mais as coisas dão errado, mais as pessoas se magoam por culpa minha e mais o mundo fica pior.<br /><br />Na falta de saber o que fazer, só devo assumir o estigma que me impõem.<br /><br /><br />Eu sou mau.Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-41103729808475990042010-12-10T05:28:00.001-08:002010-12-10T05:31:09.052-08:00RelâmpagoEu preciso de um relâmpago.<br />Sim, esse flash enorme de luz que clareie essa escuridão toda, ainda que só por um instante, pra eu saber o que é que tem na minha frente.<br />No momento, só há escuridão.Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-8967907537638023822010-11-24T19:22:00.000-08:002010-11-24T19:58:42.564-08:00Poucos bobos, muitos tolos e um globoMeu livro favorito é o "O Dia do Curinga" de Jostein Gaarder, o mesmo autor do mundialmente conhecido, "O Mundo de Sofia". Em ambos os livros, e também em outros deste mesmo autor, a literatura se mistura com a filosofia e com questionamentos do tipo "Quem somos?", "De onde viemos?" e "Para onde vamos?", mas de uma forma tão gostosa que te envolve e quando começamos o livro não queremos mais parar. Pelo menos com "O Dia do Curinga" é assim.<br /><br />Não pretendo fazer um resumo do livro pois acho que seria reduzir demais uma história que merece ser lida na íntegra.Mas pretendo sim transmitir aquilo que o livro me passou e que eu me esforço pra lembrar todo dia.<br /><br />O Curinga na história não é um mero acessório que serve para dar um título legal ao livro, mas sim representa o que seria o filósofo. Ele é aquele que, dentre uma infinidade de cartas que são de paus, de ouros, de espadas ou de copas, se diferencia por não estar limitado por nenhum desses padrões. Entrando um pouco na história do livro, enquanto as outras cartas do baralho são alienadas na sua existência, ou seja, simplesmente existem sem se perguntar o porquê disso, o Curinga busca saber quais são suas origens, busca conhecer o Universo que está ao seu redor, busca se entender. E é esse o elemento fundador de um filósofo, é essa busca pelas respostas de perguntas que ninguém mais parece perguntar; perguntas sobre o próprio ser humano, perguntas sobre o Universo em si, os clichês por muitas vezes ironizados do "De onde eu vim?" ou o "Para onde vou?". Esses são questionamentos que pertubam e não deixarão de pertubar o filósofo, pois, para o autor (e eu tomo isso para mim) filósofo não é aquele que tem todas as respostas, mas aquele que faz todas as perguntas em busca do conhecimento. É aquele que quer saber sempre mais, esse é o verdadeiro filósofo.<br />Para isso, seria necessário que o filósofo adotasse a visão de um bebê ou uma criança que admira o mundo ao seu redor como se cada coisa fosse nova e interessante, e de fato o é, mas a "racionalidade" da idade adulta, esse acostumar-se com as coisas ao redor, faz com que nos esqueçamos disso. Por isso que o filósofo é um Curinga, pois <span style="font-style: italic;">"o Curinga é o único que não se deixa enganar"</span>. Ele não se deixa enganar pela rotina e pelo costume, mas sim se espanta com e se interessa quando vê o mundo e a infinidade de coisas fantásticas que há nele.<br /><br />Para podermos ter noção de como só o fato de estarmos aqui na Terra, vivendo-a e a experienciando, é um fato incrível, o autor nos faz pensar que se temos 2 pais, 4 avós, 8 bisavós e assim por diante, houve inúmeros momentos no passado que ameaçaram a existência de cada uma das pessoas que hoje vive, mas nem por isso nos atentamos para este fato, o fato de que só de estarmos aqui, vivos, já seria motivo suficiente para se embasbacar diante do Universo, e nem assim a maioria das pessoas dá a mínima atenção para ele.<br /><br />Por isso "O Dia do Curinga" é meu livro favorito e uma leitura obrigatória, na minha opinião, porque ele é um livro que te diverte, mas ao mesmo tempo que te cutuca e te faz pensar, faz rever todo o mundo ao seu redor, até sua própria forma de viver. É um livro que me incomoda, que me tira da zona de conforto, me inverte a razão e me pergunta:<br /><br />E aí, você vai ser um tolo ou um Curinga?Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-34090417437328723762010-09-12T00:41:00.000-07:002010-09-12T00:42:28.539-07:00Encaixepouco, porém muito.Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-79628008611925186072010-08-26T05:21:00.000-07:002010-08-26T07:18:11.603-07:00Teoria #2 - O tempo e seus efeitosJá há muito tempo o tempo é discutido por diversas pessoas e abordando diversas facetas deste voraz monstro que tudo engole!<br />Eu vou me aventurar nessa viagem pelo tempo junto com outros muito melhores que eu que já falaram a respeito dele, mas faço isso humildemente, respeitando meu próprio raciocínio e minhas limitações. É uma refelexão simples e descompromissada, espero que a leitura seja boa, pelo menos! Allons-y!<br /><br /><br />Existem aqueles momentos nos quais estamos na companhia de uma pessoa muito querida, ou fazendo algo que nos dá muito prazer ou em alguma outra situação na qual as horas passam voando, todo mundo já passou por uma situação dessa e a isso, não sei quem deu esse nome, mas me foi citado pelo John, daremos o nome de hipercompressão temporal. Dentro do mesmo raciocínio temos a situação inversa, na qual estamos fazendo algo muito chato, esperando alguma coisa, etc etc etc o tempo se arrasta e o que era para ser uma espera de "meia-horinha" parece um dia completo. Pois é, a isso daremos o nome de hiperdilatação temporal.<br /><br />Ok, todos já passamos por ambos os tipos de situações, isso não tem nada de novo e você já está se perguntando "Por que eu to lendo isso?". Aí que entra minha teoria.<br /><br />A partir de uma análise breve da vida e de um raciocínio simples, eu teorizei (Não concluí. É uma coisa a ser posta em discussão) que esses momentos de hiperdilatação e hipercompressão temporal afetam diretamente nosso organismo e a nossa fisiologia. "WHAT?" Sim, é isso mesmo! Vou explicar melhor, com um exemplo:<br />Você trabalha num emprego que não te agrada. Todo dia você faz a mesma coisa e as horas se arrastam enquanto você está dentro daquela sala. Supondo que você trabalhe 6 horas por dia (se deu bem, pelo menos não são 8h!!) mas tenha impressão de que passa, digamos, 8 horas lá dentro (claro que isso não é facilmente mensurável, mas é só pra entender melhor) o que eu quero dizer é que, na verdade, para seu organismo, suas células, seus órgãos e etc, de fato se passaram 8 horas e não apenas as 6 horas que rodaram no relógio. Entendeu agora? "Hmm..."<br /><br />Pois é, essa discrepância entre o tempo sentido e o tempo "real" pode ser maior ou menos de acordo com a atividade e tal, mas o negócio é que, essas duas horinhas acumuladas por dia por essa pessoa, ao final de, sei lá, 20 anos de carreira dá uma bela carga horária, então, enquanto a pessoa viveu 40 anos, o organismo dela já viveu bem mais do que aquilo. Por isso vemos pessoas que tem 40 anos e parecem ter 60, enquanto há outras que tem 50, mas parecem ter 30, pois o inverso também serve. Claro que isso envolve outros fatores, como cuidados com saúde, alimentação e etc, mas eu acho que essa relatividade (malz aí Einstein, não tem muito a ver com você não) do tempo é desconsiderada ou pelo menos subconsiderada.<br /><br /><br />Poderia enrolar mais e explicar mais do mesmo, mas acho que deu pra pegar, certo?<br /><br />Talvez vocês discordem, talvez vocês concordem, mas a idéia é essa, propor uma discussão ou pelo menos uma reflexão, daí pra frente só depende de você acreditar ou não e tomar atitude, ou não, a respeito disso!<br /><br />Um abraço a todos!Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-46072938354122488872010-08-11T17:28:00.000-07:002010-08-11T18:26:11.582-07:00A arte de estar bem sozinho<div style="text-align: justify;"> Uma era glacial depois, aqui venho eu postar no blog de novo... A verdade é que não me faltaram idéias de posts, na verdade tenho algumas engavetadas, mas me falta a disposição de concatenar essas idéias e transformá-las em post. O que não preciso fazer com a idéia desse post, que vai ser escrita numa paulada só. Hey ho, vocês sabem...<br /><br /><br /> Minha mãe está viajando. O que é relativamente comum, já que ela passa só uns 3 dias fora dando curso e tal. No dia-a-dia eu quase não a vejo, saio cedo, volto tarde e só a encontro quando ela já está dormindo ou quando ela me acorda de manhã.<br />Embora nos vejamos pouco durante a semana, a simples não-presença dela em casa faz muita falta e faz com que eu me sinta um pouco mais só do que o normal e aí fico mais deprê, mais carente de amigos e, por que não dizer, carente do colo de uma moça também. E aí que entra a questão desse post: Por que é tão difícil estar feliz quando se está só? Ou ainda, por que nossa própria companhia não nos é o bastante?<br /><br />Pois então, vamos lá! Não esperem um tutorial de como ser feliz sozinho porque isso eu não vou dar, afinal, acabei de dizer que estou justamente neste mesmíssimo barco neste momento. O intuito desse post, na verdade, é inexistente, é um post que se esgota em si mesmo.<br /><br />De acordo com Rousseau, o ser humano é um ser sociável por natureza e não poderia discordar dele nesse ponto. Desde que somo pequenos nós nos juntamos aos outros pequenos, voluntaria ou involuntariamente, e vamos dividindo nossa experiência e vivência com eles, explorando cada nova possibilidade que a vida nos oferece. Vamos crescendo e nos inserindo em variados grupos, vamos fazendo amigos e ficando dependentes deles para dividir alegrias, angústias, confidências e experiências. Esse é um processo que dura a vida inteira e que, desde o nascimento da Internet, do msn, orkut e afins, foi intensificado, pois antes as pessoas se relacionavam apenas quando se viam e eventualmente pelo telefone, mas agora, chegamos em casa e vamos responder os recados do orkut, vamos pro twitter pra ver o que os outros estão fazendo e colocar lá o que estamos fazendo, sempre mantendo esse contato com o resto do mundo, com o resto das pessoas do mundo. Com isso, ficamos cada vez mais dependentes das relações sociais pois é a partir da nossa inserção nelas que adquirimos nossa identidade, que vemos em qual grupo estamos inseridos e a partir disso vemos quem somos.<br />Esse é um dos principais motivos pelo qual não ficamos bem quando estamos sós, porque é no sentimento de pertença ao grupo que nos vemos como o "eu". E alguém pode vir e dizer "Mas eu não ando com grupo nenhum, sou excluído e mesmo assim não me sinto bem quando fico só". Pois então meu pequeno nerd anti-social, os grupos que estão ao nosso redor servem para que nos identifiquemos como indivíduo através de características comuns e etc, mas também podem nos ajudar a enxergar quem somos de forma negativa, ou seja, justamente pela contraposição que fazemos em relação a um grupo que não pertencemos. Vou exemplificar: Eu sei quem sou eu quando estou com meus amigos, conversando sobre assuntos que nos são comuns e etc. Defini minha identidade aí. Mas também sei quem eu sou quando estou perto de, por exemplo, garotinhos de calça laranja, verde-limão e amarela conversando sobre Fiuk, Restart, Cine entre outros e vejo que, de forma negativa, ou seja, pela não identificação com aquele grupo, sou alguma coisa que não aquilo, que não um membro daquele grupo, me ajudando também a me ver como um indivíduo. Pegou??!<br /><br /> E aí outro pode vir e me dizer: "Cara, não é por nada não, mas eu sou muito tranquilo e fico super bem, tanto quando estou rodeado de amigos quanto quando estou sozinho em casa ouvindo Radiohead." Eu só tenho uma coisa a dizer pra você: Meus parabéns! Você chegou num nível de auto-conhecimento e auto-confiança no qual você se basta, você está bem o suficiente consigo mesmo e não precisa se achar em ninguém, nem muito menos achar alguém que "te complete". Se alguém acha que precisa achar alguém pra se completar, desiluda-se ou você só vai acabar encontrando outras pessoas-metade que não vão resolver seu problema. Olhe para dentro, descubra o ser inteiro que você é e eventualmente você vai conhecer outro(s) ser(es) inteiro(s) com quem vai valer a pena se relacionar.<br />Mas lembre-se, o importante é você ser um, é você ser você por inteiro. Quando chegarmos nesse nível, nós aqui, reles mortais que não estamos lá ainda, vamos olhar para nós mesmo e não vai nos faltar nada!<br /><br /><br />Mas a estrada é longa! ;D<br /><br /><br />Seguindo a linha Invisible Happiness e Filosofando a Marteladas aí vai um quote:<br /><br />"Happiness is only real when shared" - Alex Supertramp<br /></div>Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-84882716761536042772010-04-09T22:59:00.000-07:002010-04-09T23:37:50.992-07:00NostalgiaHoje foi um dia daqueles. Não foi horrível, até fiz algumas coisas legais, mas foi um dia no qual tudo que eu queria que acontecesse, simplesmente não aconteceu. No fim do dia, estou sozinho em casa e sinto todo o peso desse "estar só". Não é a primeira vez que me sinto assim, nem a segunda nem a terceira, esse sentimento é um velho conhecido, bem como seu significado: não estou satisfeito com minha vida. Quando estou de bem com a vida, satisfeito em relação a como a estou levando, não há dias de solidão que me façam sentir assim. Mas quando não estou satisfeito, até as melhores companhias dos melhores amigos parecem insuficientes.<br /><br />Então, aproveitei esse meu momento a sós comigo mesmo e me pus a pensar no que mudou desde aquela época em que eu me sentia realmente feliz e nada podia me abalar. Quais caminhos, quais decisões, quais escolhas me fizeram chegar aonde estou hoje? Devo concordar comigo mesmo quando chego à conclusão que houve escolhas que teria mudado, que teria feito diferente. Perdi contato com muitos amigos realmente queridos que hoje (talvez) pensem que eu me afastei de propósito. Não, não foi de propósito, embora a culpa tenha sido minha, ou nossa. Vamos vendo que estamos nos afastando, mas nenhum de nós faz nada, e a distância vai aumentando, como um trem que parte da estação, mas numa marcha muito lenta, você vai sentindo ele se afastar aos pouquinhos, mas quando se dá conta ele já se perdeu no horizonte.<br /><br />Ah, sem dúvida esse é um dos motivos pela minhas insatisfação com minha própria vida hoje. Meus amigos são 80% de mim, e os que acabam ficando no caminho são, cada um, um membro que faz falta na minha caminhada na vida. Mas não é só isso. Aos poucos estou perdendo também a jovialidade. Estou perdendo a capacidade de me divertir sem pretensões, sem ter um porquê. Acho que estou num processo que todos passam, e do qual eu sempre quis fugir: estou virando adulto. E o pior tipo de adulto: chato, ranzinza, mal-humorado, mente fechada. Virar um adulto é inevitável, e não devemos fugir disso. O grande segredo, já ouvi muitas pessoas mais velhas dizerem, (e ouçam os mais velhos... Com os ouvidos que ouvem!) é aproveitar cada fase da sua vida. Quando for criança, seja criança. Quando for jovem, seja jovem. E assim vai! Cada fase tem seus bônus e seus ônus, o desafio é saber aproveitar os bônus e minimizar os ônus.<br /><br />Amanhã eu farei isso! Amanhã eu volto pra minha luta pra me tornar um adulto legal, um adulto do jeito que eu gostaria de ser. Aproveiar minha "adultisse". Mas hoje, hoje eu quero ser o Henrique da 8a série, quero ser o Henrique do 3o ano, quero ser o Henrique brincalhão, amigo, leve, solto, despojado.. Quero de novo a convivência com todos aqueles com os quais não convivo mais... Quero não saber o que fazer da vida e não me cobrar por isso... Quero entrar numa escola nova.. Quero ter meu primeiro beijo...Quero ter meu primeiro amor... Quero fazer meu primeiro vestibular...<br /><br />Acima de tudo, quero que todos meus amigos, distantes e presentes, sintam-se abraçados com todo amor do mundo que eu conseguir reunir. Vocês são e sempre serão minha base. Obrigado por existirem.Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-71005833966403387952010-01-15T18:22:00.000-08:002010-01-15T18:43:11.253-08:00Resoluções de ano novo2010 começou sem muita coisa nova, pelo menos não pra mim. Tirando o fato de o mundo parecer que se esqueceu que o fim eh soh em 2012 e estar entrando em colapso já no início desse ano, pouca ou nenhuma coisa aconteceu de novo. Entre as coisas que não mudaram está minha inabilidade ou incapacidade de escrever algo interessante ou inteligente nesse blog, pelo menos não em 15 dias, e isso me fez pensar em todas as resoluções e promessas de ano novo que eu já fiz, não só as as de 2010, mas dos outros anos também.<br /><br />Esse ano eu me propus a postar mais aqui no blog (cá estou eu fazendo um post 30 minutos depois da minha dead line), me propus a voltar a praticar exercícios regularmente, me propus a estudar e ler mais, dentre outras coisas. Repassando essa lista e comparando-a com as de anos anteriores eu vejo que elas são iguais ou muito similares, ou seja, eu nunca cumpri satisfatoriamente minhas promessas de início de ano, mas quais seriam as causas?<br /><br />Uma grande amiga minha responderia que promessas de fim/início de ano são fadadas ao fracasso e eu acho que ela está certa, porque o que nos motiva a fazer essas promessas é aquela esperança de que no ano vindouro as coisas sejam diferentes, que tudo mude e que as coisas aconteçam de forma diferente do ano anterior. Aí chega o ano novo, as coisas não mudam e junto com o ano passado vai embora também a ilusão da novidade; percebemos que no fim das contas o ano só mudou pq alguém decidiu contar 365 dias e falar que depois disso voltaríamos ao 1 em vez de continuar contando. É assim que morrem as promessas de ano novo, junto com o ano velho, junto com a ilusão da novidade.<br /><br />Não por isso temos que aceitar que nada muda e ficarmos parados, afinal eu estou aqui, atrasado mas estou escrevendo! Isso porque eu sei que não é o ano novo que vai mudar as coisas e fazer eu voltar a nadar, correr, voltar a estudar e a ler. Não, essas são coisas que só eu posso fazer. Então vou fazendo - em baby steps pra não me atrapalhar na caminhada- as coisas a que me propus e pra isso conto com vcs também! Cobrem de mim, e cobrem de si mesmos um 2010 diferente!<br /><br />Um feliz ano NOVO para todos! De novo!Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-41019605116617295972009-12-20T18:26:00.001-08:002009-12-20T19:57:20.377-08:00Fechando o ano! (+ um conselho para um amigo)Sim sim salabim!!! Faz tempo que eu não escrevo qualquer coisa por aqui! Verdade, mas 2010 está chegando e uma das promessas de ano novo é justamente escrever mais frequentemente no blog. Pensei em prometer que ia escrever toda semana, mas seria tentar dar saltos antes de aprender a andar, então ficamos assim: <span style="font-weight: bold;">Prometo escrever pelo menos um texto a cada 15 dias.</span><br />Tá aqui, em negrito, para que @s senhor@s cobrem!<br /><br />Então, meu (provável) último texto do ano é direcionado para um amigo que tem uma personalidade que por várias vezes já o prejudicou e eu, no auge da minha prepotência, acredito que posso ajudá-lo..<br />O referido amigo, vou chamá-lo de Moe, desde sempre foi um rapaz muito planejador, muito embora ele também aprecie aqueles programas de ultima hora do tipo "Bora?" "Bora!!Fechou!. Como um bom planejador, a maioria dos planos que ele traça para si mesmo e para as coisas de sua vida dão certo, mas o problema é quando os planos envolvem outras pessoas, pois por vezes a coisa sai um pouco do controle, embora na maioria os planos continuam dando certo. Aí está o problema, como a maioria dos seus planos, mesmo com todas as incerteza e contingências do mundo, continuavam a dar certo, o meu amigo Moe nunca chegou a aprender a lidar com as quebras de expectativa.<br />Mas não é que ele simplesmente não aprendeu a lidar, mas sim que ele realmente fica muito afetado quando algo que ele realmente espera que aconteça, como se tivessem tirado seu chão, e quando isso acontece ele fica deprimido, não sabe o que fazer, aí se fecha em casa, come, vê filmes e elimina todo o resto de sua vida social...<br />"E qual a utilidade disso num blog?", vcs poderiam me perguntar. O negócio é que lidar com quebras de expectativa e decepções é uma deficiência pra muitos, até porque não é só meu amigo que eh um <span style="font-style: italic;">control freak</span>, planejador e talz.<br />A grande solução <span style="font-style: italic;">(tambores rufando)</span> é na verdade simples, óbvia, todo mundo sabe, mas é de difícil execução: é só levar a vida de forma mais leve. Ter planos pra tudo pode ser relativamente seguro, mas a sensação da surpresa, do inesperado é o preço que acaba sendo pago. E em relação às pessoas, nem sempre elas vão fazer aquilo que você quer, na verdade é bem raro que elas FAÇAM o que vc quer, mas esse é o legal de interagir...você nunca sabe como vai ser a reação de uma pessoa até que ela reaja e pode ser que não seja aquilo que vc esperava, mas é algo ainda melhor do que o que vc tinha pensado...<br />Então é essa a mensagem! Take it easy...Deixa a vida te levar um pouco...Espero que vc leia isso aqui H de O. V.! Esse foi pra vc!<br /><br />Em 2010, estarei aqui de novo, mais ativo, espero! E desejo a todos um feliz natal! Boas festas e que 2010 seja ainda melhor que os anos que se passaram!!<br /><br />Um abraço sincero a tod@s!!Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-30028126265411212032009-08-14T20:24:00.000-07:002009-08-14T21:07:41.884-07:00Existe vida após o namoro?Ola people!! Tanto tempo depois cá estou eu! Não tive muito tempo pra pensar em posts nos últimos meses, mas hoje eu acho que pensei tanto na vida que deu pra tirar a teia de aranha dos neurônios e dar um cutucão pras sinapses acordarem!<br /><br />Então, como o título diz, esse post é sobre a vida pós-término de namoro e é óbvio que se eu estou falando disso é pq algo aconteceu com meu namoro! Fiquei solteiro recentemente depois de 4 anos e 9 meses de namoro e desde então eu tenho sofrido pra me adaptar novamente ao "mercado de trabalho".<br /><br />Minhas considerações vão soar um tanto quanto óbvias para 99% dos leitores, alguns solteirões convictos e outros (ex)namorados experientes, mas são as coisas que pude perceber nesse curto período de solteirisse.<br /><br />1) A vida de solteiro é a própria encarnação da Lei de Murphy! Quem gosta de vc não faz o seu gosto e aquela pessoa de quem vc gosta não dá a mínima para você! Uma afirmação simples e conhecida de longa data, mas é sempre necessário enfiar a cara na parede pra se tocar que o tempo pode ter passado enquanto vc (eu) estava namorando, mas certas coisas nunca mudam, e essa é uma delas. Mas sem pânico por favor, algum dia nós acabamos gostando de alguém que sinta o mesmo por nós, e aí, ah garoto, aí vale o tempo de espera! ;D<br /><br />2) Você vai passar dias e noites MARAVILHOSOS, vai curtir com seus amigos, alguns que você não via de longa data, vai começar a olhar as garotas por aí, algumas vão retribuir, outras não, e assim você acaba ficando numa boa. Mas por melhor que sejam esses dias, sempre vai ter aquela noite que você ficou um casa sozinho, vai bater uma vontade imensa de ligar pro(a) ex, as lembranças das noites passadas juntos, dos filmes assistidos, dos bons momentos (porque nessa hora o namoro parece perfeito e as brigas somem da sua cabeça) vão vir e aí é ter a cabeça no lugar e tentar ficar numa boa, ou o menos pior possível. Essa, na minha opinião é a pior fase, mas também é o começo da superação, e serve pra pensar e tentar amadurecer pra não cometer os mesmos erros numa próxima relação.<br /><br />3) Não adianta! Por mais que você tenha encontrado uma pessoa legal e esteja curtindo um bom momento com ela, ou por mais "amigo" que você tenha se tornado do(a) seu(sua) ex, a primeira vez que você encontrar ele com outra pessoa não é nada fácil e não tem remédio pra isso. Meu conselho é: evite brigas, armas, drogas, prédios altos, o Pátio Brasil e, principalmente, evite ficar pensando nisso. Siga sua vida, assim como ele(a) seguiu a dele(a).<br /><br />4) Essa consideração é altamente pessoal, mas quero deixar aqui também. Quando se está namorando, na maioria das vezes, o namorado(a) nos serve de apoio para os momentos difíceis, serve de motivação quando temos planos e nos faz companhia nas horas mais solitárias. Esse tipo de coisa faz falta e traz um bocado de insegurança, como se já não bastasse a insegurança habitual dos solteiros, algo como "vou ficar só?"... Essa falta do apoio, do porto seguro, é uma das partes mais importantes, na minha opinião, para o crescimento pós-namoro, digo isso porque para suprir essa falta é comum, e recomendável diria, uma busca maior pelo auto-conhecimento, saber suas limitações, suas capacidades, seus anseios para então poder dar um passo à frente sabendo o que você pode encontrar e sabendo quais suas "armas" para enfrentar, mesmo sozinho, as adversidades que virão.<br /><br /><br />5) O mais importante: o término de um namoro, independente do seu tamanho, não é o fim da vida! Muito pelo contrário, é o começo de uma nova vida, cheia de coisas e situações diferentes para experimentar. Saiba aprender com o que passou, abra a cabeça e saiba aproveitar o que virá! Não e fácil, mas o que é fácil não engrandece! ;D<br /><br />Ânimo e vamos à vida!!Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-6468696733573770702009-04-05T19:44:00.001-07:002009-04-05T20:34:38.722-07:00ElitismoPerdoem-me o longo hiato entre o último post e este, mas começaram minhas aulas na faculdade e este semestre eu peguei muitas matérias e estou realmente estudando, entao o tempo pra net está um pouco escasso.<br />Mas então, como água parada da dengue, vamos mexer um pouco isso aqui! Este post vai ser bem ruim,mas eu tava me sentindo na responsabilidade de postar algo...<br /><br /><br />Pois então, como o título diz vou falar de elitismo e, particularmente, eu acho que esse eh um dos grandes males da sociedade atual. Assim como a falta de emprego e a falta de uma estrutura pública básica (educaçao, saude, transportes) estão para as classes baixas como grandes problemas sociais, o elitismo está para as classes altas (e para aqueles de classe média que tem o rei na barriga também).<br /><br />O meu principal contato com este tipo de conduta (elitista) vem de uma pessoa cujo nome nao interessa, mas tal pessoa ja esta entre seus 50 e 60 anos, cuidou de 3 filhos durante grande parte da vida, trabalhou uma outra parte também,mas mais como forma de ter seu luxo individual, pois seu conjuge era quem sustentava a casa com um pouco de sobra. Vale ainda dizer que tal pessoa hoje reside num bairro nobre de Brasília.<br /><br />Esse feedback todo sobre a pessoa eh pq, basicamente, todos meus argumentos contra o elitismo vem da experiencia de conversas com a tal pessoa e da observaçao de suas atitudes em certas ocasiões.<br /><br />Vamos ao que importa que ja ta bem chato:<br /><br />1) Uma característica de pessoas elitistas, e não só delas, é a valoriação excessiva da meritocracia. Talvez isso não seja nem só do elitismo, mas da própria cultura capitalista, mas frases como "Consegui tudo com meu suor", "Todo meu dinheiro vem do meu trabalho suado" entre outras, são extremamente comuns, e embora pareçam normais, eu, particularmente, vejo uma gama de preconceitos implícitos em frases como essas: desvalorização de sub-trabalhos e do trabalho informal (camelôs, artesãos[hippies ou não]) e a justificativa e manutenção da desigualdade social ("Eu trabalhei minha vida toda e conquistei tudo com meu suor, aí o governo vem e da lote pra esses vagabundos"). A partir disso, gera-se um ciclo vicioso, pois as elites ficam cada vez mais desiguais em relaçao às bases e o governo trabalha para diminuir isso, as elites reclamam e ficam cada vez mais segregadores e aih vai...<br /><br />2) Preconceito! Nas pessoas elitistas isso eh claro como água. De novo recorro a frases correntes "Ah, nessas favelas [varjão] tem um ou outro que eh trabalhador, a maioria eh tudo bandido." ou entao o contrario, "Ele é uma pessoa de bem, morava na nossa quadra..."<br />Isso é inevitável, pois como essas "favelas" sofrem com a desigualdade social, ALGUMAS pessoas acabam apelando para o crime, e com isso fazem a fama da cidade na qual vivem como uma cidade de bandidos,etc...<br /><br />3)Decorrente dos anteriores , a intolerância no contato com pessoas de baixa renda, principalmente se elas "invadem" a sua zona de conforto. Exemplificando: Mtas pessoas que moram no varjão andam pelo Lago Norte, seja porque trabalham por lá, seja porque querem pedir esmola ou outro motivo qualquer. Ao serem "obrigadas" a se relacionar com tais pessoas, os elitistas vão sempre adotar uma posiçao de superioridade, como se o dinheiro a mais que eles tem fizessem deles mais educados, mais morais, mais inteligentes e mais tudo! O que elas esquecem é que no outro pólo da relação existe um outro humano, com, talvez, mais vivência do que elas e que também tem muito a ensinar.<br /><br />Eu ainda poderia discorrer sobre mais algumas coisas que me revoltam sobre o pensamento elitista,mas eu realmente não saberia explicar muito bem em palavras, então eu prefiro ficar na minha a ser mal compreendido...<br /><br />Me perdoem o post, pois eu mesmo acho que ficou uma porcaria,mas eu queria expressar o quão ruim eu acho esse sentimento elitista que algumas pessoas tem...<br /><br />Por fim, vale dizer que tudo que eu falei são opiniões pessoais e que eh possível que vcs dicordem parcial ou totalmente do que eu falei e pra maiores discussões eu estou sempre aberto ;D<br /><br />Por fim, vai uma frase pouco conhecida dos que convivem cmg:<br /><br />"A vida é como a rapadura, é doce mas não é mole não"Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-48502149422567318392009-02-08T14:27:00.000-08:002009-02-08T15:08:51.930-08:00Teoria #1Olá people! Todos bem?Espero que sim... Direto ao assunto!Vamos lá?!<br /><br />Durante a minha vida eu fiz várias amizades, algumas duradouras, outras nem tanto. As formas como conheci as pessoas e e me tornei amigo delas, essas então, são das mais variadas! Existem aqueles amigos que a gente conhece em algum lugar como a escola, universidade, trabalho, etc e que, à medida que o tempo vai passando a amizade se constrói e se solidifica. Creio que grande parte das melhores amizades que são feitas são assim. Existem, também, aquelas amizades que surgem, digamos, "do nada". Exemplificando: Existe uma pessoa X que você já viu,mas nunca falou com ela, até que em um determinado dia vcs por algum motivo começam uma conversa e tudo flui, vcs se dão super bem e ficam encantados um com o outro. A minha teoria recai sobre esse tipo de amizade, então, à teoria:<br /><br />Essas amizades que não são construídas ao longo do tempo tendem a ser muito intensas ese baseiam em primeiras impressões muito positivas (afinal vcs ficaram amigos por causa dessas impressões) e como não há um real conhecimento do amigo o que acontece é uma idealização da deste. Me explicando melhor: Você só conhece alguns aspectos da pessoa que te agradam muito, então vc acaba idealizando essa pessoa achando que esses aspectos que te agradam são os únicos na personalidade dela. Embora eu goste muito destes momentos vividos intensamente com essas pessoas, uma coisa eu percebi: Seu amigo, cedo ou tarde, INEVITAVELMENTE vai te decepcionar. Não é culpa sua, nem dele, mas sim da forma como (não)foi construída a amizade. A decepção que eu falo, não eh algo corriqueiro,mas algo que realmente abala a amizade que vcs tinham e pôe em xeque a continuidade dessa amizade.<br />Apesar do terrorismo feito até agora, essa decepção não tem nada de ruim! A partir da decepção duas coisas podem acontecer: 1) A amizade de vcs fica morna e aquele que antes era um "amigo pra toda hora" passa a ser um amigo normal, um colega. Pq isso não é ruim? Pq não adianta ter uma amizade com alguém que vc não conhece de fato, só evita uma decepção ainda maior depois. 2) Se vcs começaram a construir algo não baseado apenas na impressão inicial, após a decepção a tendência é que a amizade continue, um pouco mais fraca no início, porém mais madura do que era antes.<br />Não quero que as pessoas evitem "se apaixonar" por este amigo que "nasce" de forma espontânea,mas sim que elas saibam conhecer esses amigos e não basear sua amizade em uma ilusão.<br /><br />É isso. Desculpa se ficou meio complicado,mas esse aih foi sem rascunho nenhum! =P<br />Abraços e até a próxima!<br /><br />PS: O grande trunfo dessa minha teoria é ela atender a todos os requisitos básicos, inclusive o de ter uma exceção: Gêmula, obrigado por ser essa exceção e obrigado por tudo!Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-2541365183756462022009-01-20T09:58:00.000-08:002009-01-20T10:28:19.034-08:00Um mundo sem "tecnologia"Olá meu povo! Estou sumido,não?! Pois é, fiquei aproximadamente um mês ora sem computador, ora sem internet. Espero que este blog siga uma tendência inversa aos outros blogs: começar cheio de postagens e ir caindo no esquecimento..Fato é que já começou bem diferente!<br /><br />Mas então, durante esse meu período de trevas, praticamente sem tecnologia dentro de casa eu pude lembrar o que é ficar uma tarde inteira lendo um livro. Me entenda: ficar sem computador é quase excluir metade da minha vida, já que eu não tenho TV em casa, pois é no computador que eu vejo meus filmes, é onde estão as músicas que eu gosto, ou seja, no meu computador tem tudo que eu tenho pra fazer em casa, então é bem entediante pra mim ficar sem computador. Então, como eu disse, com essa experiência eu pude lembrar como é ler durante uma tarde inteira e busquei mais coisas pra fazer fora de casa também, afinal uma hora ler também cansa...<br />No início eu confesso que foi um pouco difícil, eu ficava preocupado com meus e-mails e com o orkut,mas com o passar do tempo vc vai reaprendendo a viver sem essa tecnologia toda...<br /><br />Tá, e daí??! E daí que meu conselho é o seguinte: experimente passar uns dias sem computador, internet, televisão, até seu celular!!!Deixe-o em casa nem que seja apenas por um dia...Acredita que há uns 10 anos atrás vc não tinha esse órgão no seu corpo?? É verdade! Pois então, liberte-se disso, nem que você não goste da experiência, valeu pra saber como é!<br /><br />Um abraço a todos os 1286387126873126 leitores desse blog em nascimento.<br />Deixe de preguiça e em vez de mandar um scrap no "yogurt" faça uma visita à moda antiga! =DHenriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-328740898999713619.post-3657351465221693272008-12-08T04:45:00.000-08:002008-12-08T05:00:47.858-08:00Novo blog, nova apresentação<span style="font-size:85%;"><span style="font-family: arial;">Olá a todas as milhares de pessoas que irão acompanhar esse blog, meu nome é Henrique e no momento sou um aprendiz de blogueiro. O blog que eu tinha junto com alguns amigos morreu (será esse o destino de todos os meus blogs, ó céus?) então resolvi criar um particular.<br />Pra começar, sou um estudante de Direito e entrei na faculdade no segundo semestre de 2007. Tenho 19 anos recém completados e não me considero nem mais maduro nem menos maduro, creio que tenho a cabeça de alguém da minha idade mesmo, ou seja, gosto de festas, música, cinema, sair com os amigos, viajar, tenho algo dentro de mim que quer me empurrar pro mundo afora e descobrir as diferentes culturas e pessoas que vivem nesta antítese que é o pequeno-grande planeta no qual vivemos.<br />O nome do blog vem do filme Matrix (Matrix, 1999) [que acredito que todos conheçam], no qual o personagem principal ,Neo,vive numa realidade virtual criada por máquinas no futuro,mas que é resgatado por um grupo de pessoas que vive fora desta realidade e que são a escolha para Neo: tomar a pílula vermelha e acordar e viver num mundo real nada fácil ou tomar a pílula azul e continuar vivendo na ilusão da Matrix. Embora explicando assim pareça que eu vou dar um chá de realidade aki, não é esse o intuito do blog. Sinceramente eu não vou ter um foco nos posts, é provável que eu foque bastante em música, filmes e poker, que é o que mais me interessa,mas sempre vou fazer comentários de viagens que eu tenha feito e recomende ou coisas assim.<br />Espero que os assuntos e os posts agradem e sejam muito bem-vindos a este blog!<br /><br />"Shuffle up and deal!"<br /></span></span>Henriquehttp://www.blogger.com/profile/08839482085083606246noreply@blogger.com3